Capítulo 1
O início de uma guerra. Um jovem
especial. A salvação
Dentre os quatro
elementares, o avatar ar Locke, queria sobressair-se entres os demais.Julgava-se
mais forte e poderoso, por isso se
corrompeu ao mal e passou a seguir o tirano Muhha, que lhe prometera a
imortalidade, em troca da destruição de Simba(terra), Eng (fogo) e Odin (água),
mestres das três tribos.
Não se
contentando com a vida que levava na tribo do ciclone (ar), uniu um exército de
nobres, abandonaram seu povo em uma jornada na busca de magia negra. Queria
unir forças para matar todos os mestres da linhagem avatar, assim Muhha reinaria
seu império sobre as quatro tribos universais: água, terra, fogo a ar.
Diziam as leis dos deuses que quando um avatar
falecesse, sucederia seu poder a um homem, que seria escolhido pelos deuses,
portanto os avatares não poderiam ter filhos com mulheres humanas. Contudo,
Locke não se conformava com a morte, então desobedecendo às ordens de Cratos,
antes de fugir, teve um filho com a graciosa Bela, camponesa da tribo ar.
Contava 40 anos, quando Bela deu a luz a
Teseu, jovem bondoso e humilde. Teseu cresceu na pequena vila do ciclone ao
lado da mãe, sem saber qual era sua verdadeira origem. Os moradores da vila
temiam-no, pois achavam que era um mero camponês singelo e quando o viam a
criar correntes de ar e ciclones gigantescos, ficavam amedrontados.
Simba,
Eng e Odin eram grandes amigos, entretanto havia
entre eles uma ordem de força e
todos sabiam disso, porém Locke não a aceitava. De acordo com a lei de Cratos,
jamais poderiam iniciar uma guerra mundial, pois isso poderia levar à destruição
de todo planeta terra. Mas Locke tinha
um plano infalível, genial, algo que ia mudar a história dos quatro reinos para
sempre...
Capítulo 2
O plano de Locke. A destruição.
Locke iniciou seu plano em uma viagem à tribo das ondas
(água), onde planejava matar Jasmim, discípula de Odin. O mestre da tribo das
ondas tentava passar para os humanos os ensinamentos espirituais, para que
atingissem a extrema concentração, sendo capaz de controlar o elemento de sua
tribo.
Locke esculpiu a máscara que o mestre Terra
usara, para se disfarçar de Simba, pois como os avatares deveriam cobrir suas
faces, poderia matar Jasmim em nome de Simba e criar uma guerra entre as duas
nações. Assim o fez em uma invasão na tribo água, onde no Dia em questão havia
uma grande festa, celebrando o deus dos deuses: Cratos. Locke entrou na festa,
disfarçado. Logo Odin o recebeu de braços abertos, com muita euforia. Após os
cumprimentos e as apresentações formais, dirigiu-se a Jasmim e passou a
conversar sobre a construção de um forte para possíveis guerras[...] . A jovem
estava linda naquela noite; disseminava sua beleza aos convidados, naquela
sublime festa só para os mais influentes e próximos do avatar.
Alguns minutos conversando, levaram “Simba” ao
tédio, então para pôr fim rapidamente ao seu plano, apunhalou uma adaga entre
os lindos seios da jovem dobradora de água. Às pressas, como uma raposa, deu um
deslumbrante salto, leve e suave até atingir as belas vidraças do edifício onde
acorrera a festa. Um cúmplice já o esperava na parte exterior do monumento com
um dirigível a gás para a fuga.
Após dois dias, Odin, recuperado do atentado,
começou tomar atitudes em relação ao ocorrido. Designou um falcão a enviar uma
carta à tribo Terra declarando Guerra a toda a nação...
Do céu, Cratos já via o que estava por vir,
então desceu à Terra em busca da salvação, nas altas montanhas do Leste, em
direção à tribo ar, onde se localizava o vilarejo de Mayate, no qual assistia
Teseu. Chegou ao período da manha e logo se deu com Teseu treinando.
Então, em sua forma humana chamada Cromos,
disse:
- Olá.
Capítulo 3
Inicia-se o treinamento de Teseu, o
jovem guerreiro.
Teseu, aos 17 anos, já era um homem. Seus
braços musculosos, seu peitoral deslumbrante, abdômen perfeitamente esculpido,
atraía a atenção das jovens camponesas de Mayate, que se encantavam com o estranho
que movia e criava correntes de ar.
Desde os sete anos, ele ia toda a manhã ao
pequeno lago, que ficava nas redondezas da tribo. Lá, brincava sozinho. Todos o
consideravam um monstro perigoso, desse modo vivia uma vida triste e solitária.
Um menino do mesmo sangue de Locke,
descendente de avatar, era algo extraordinário; conseguia subir em enormes
árvores com um simples salto. Era ágil e astuto.
Quando a
colheita da tribo passava por maus momentos, trazia um grande javali pego com
sua agilidade e força, ou ainda se atrevia a roubar bezerros dos nobres
fazendeiros da tribo.
Sua mãe o amava muito, por sua solidariedade e
compaixão com as pessoas. Mas ele padecia pelo fato de não saber o nome do pai
e por ser daquele jeito estranho.
Quando Cromos chegou a Mayate, logo
se deu com Teseu trepado ao pé de Mubi, cantarolando uma linda canção que ele
mesmo compusera. Espantado com uma voz que vinha lá de trás, apanhou sua lança
e desceu suavemente fitando os olhos de Cromos, e este repetiu a frase:
- Olá.
- O que quer de mim ? – perguntou Teseu sem
entender do que se tratava.
- Acalma-te,
amigo, venho em paz. - respondeu Cromos
- Minhas
desculpas, caro senhor, mas é porque sou jovem simples e ninguém me quer por
perto.
- Azar deles, pois você me parece ser um ótimo rapaz.
- Quem dera todos pensassem assim, todos me temem, mas juro
que nada fiz a eles.
- Eu particularmente acho que é pura inveja.
Como diz isto? Posso
mover o ar com minhas mãos , sou mais forte e diferente de todos. Além de minha
mãe ser pobre e eu não ter um pai que me ampare – justificou Teseu.
- Já pensei em uma solução! Vamos fazer um acordo?
- Mas que tipo de acordo?
- Uma troca. No mundo existem três elementos além dos que
você domina. Se deixar eu te treinar, até que consiga controlar os quatro
perfeitamente e lutar na grande guerra contra o deus Locke, prometo-lhe a volta
de teu pai, em um mundo onde todos são iguais a você.
- Jura?
- Mas é claro, nunca minto a ninguém – disse Cromos com
consciência atordoada, mas pensando na salvação dos humanos.
- Mestre, seguirei
suas ordens até o último momento de vida.
- Pois então venha amanhã às seis horas em ponto, que
iniciaremos seu treinamento.
- Até mais – despediu-se o jovem guerreiro com
esperança de uma vida melhor.
- Até.
Capítulo 4
Apreendendo com o “mestre” Cromos. Ele conseguirá?
Logo cedo, em torno
das seis horas, Teseu acorda e dá de cara com os lindos olhos azuis de sua mãe Bela.
Ela o chama para o café da manhã, mas ele olha para o relógio solar que se
situava bem no centro da aldeia, percebe que está atrasado. Às pressas, pega as
roupas, veste-se, dá um beijo no rosto da mãe, recusando o convite para o café
da manhã, sai rumo ao lago de Mayate. Ao sair pela janela do quarto para não
perder tempo, avisa à mãe:
- Não tenho hora para voltar, até logo!
- Tchau – responde a mãe, preocupada com o filho.
Quando Teseu chega aonde havia marcado o treinamento, Cromos
já o esperava.Ele de longe acena ao jovem e este volta o cumprimento.Então
Cromos diz:
- Dormiu bem?
- Sim, por quê?
- Pois necessitará de muita concentração.
- Claro – disse Teseu confirmando com a cabeça.
- Vamos aprender a dobrar a água, praticando neste lago.
- Acho difícil conseguir, porém não custa tentar.
- Tentar não, mas se esforçar e lutar para conseguir, sim.
Com o tempo, Cromos foi passando sua técnica e sabedoria
para o jovem guerreiro, mas ele não conseguia conter a raiva e angústia,
portanto não demonstrava resultados nos exercícios. No quinto treino, Cromos
chegou ao jovem e lhe disse:
- Para controlar os quatro elementos, é preciso a paz, a harmonia
entre o físico e o mental; e o equilíbrio, como yin e yang. Então agora quero
que fique sobre aquela rocha fina do meio do lago, equilibrando-se durante 15
minutos na ponta do dedo indicador, de olhos vendados, pois assim achará o
equilíbrio. Do contrário, terei de encerrar o seu treinamento.
- Claro, mestre.
Enquanto Teseu se
esforçava para conseguir cumprir a ordem, os dois reinos, Terra e Água, enviavam
tropas para a guerra naval que seria travada no norte do Pacífico, onde Simba e
Odin guerreariam no front até a
morte.
O reino Fogo e o
reino Água se uniram, formando o exército dos aliados.O reino Terra se uniu ao
Ar, compondo o eixo. Assim se iniciou a guerra do fim dos tempos.
Na vigésima
tentativa, Teseu percebeu que do seu jeito não estava conseguindo, então decidiu
seguir as orientações do mestre. Concentrou-se, esvaziou a mente, concentrou
sua força na ponta do dedo e ficou lá, até cumprir 14min e 58seg, cronometrados
mentalmente pelo incrível Cratos. Não resistindo mais, falhou e caiu desmaiado
no lago. Após cerca de 30 segundos levantou-se. Seus olhos começaram a brilhar;
seu corpo emitia uma energia forte, que movimentava violentamente a água que se
expandia em torno de seu corpo e então gritou:
-Aaaaaaaaaaaaahhhh! Eu tenho a força!
Após dizer isto,
ergueu a mão e toda a água do lago veio junto, deixando o lago seco. Atirou-a
contra Cromos que a desviou, também com o a dobra de água. Orgulhoso, disse a Teseu:
- Esse é meu garoto.
Capítulo 5
Chegou a
hora de dizer adeus.
Teseu, durante quatro semanas treinou até não
aguentar mais. Seus braços e pernas ficaram imóveis de tão exaustos, porém sua
mente focava na guerra, já que partiria dentro de dois dias.
Mestre Cratos (Cromos), ensinara-lhe o domínio dos quatro elementos: terra, água,
fogo e ar. Também ensinou ao jovem o controle da energia vital do “Avatar”, que
era muito poderosa, portanto poderia pôr em risco a vida deste, como ocorrera
no treino de dobra d’água.
Enfim, chegou a hora de partir, dizer adeus à
mãe e ir em direção à morte ou à glória.
Medo o jovem não tinha, mas receio de não
poder ver o pai, sim. A mãe, aflita com ida do filho, derramava lágrimas na
despedida, implorando que ficasse, mas este já estava decidido.
Para o desespero da nação água, Locke voltara à
tribo do sul, aterrorizando toda a população. Já possuído pela magia Negra de Muhha,
tinha intenções de matar todos os Avatares e dominar o mundo.
Enquanto as quatro nações
guerreavam, Locke, desaparecido, ficou mais forte que os demais. Este já usava
a energia negra de seu corpo ao invés do domínio do elemento vital - água.
Locke já se tornara semideus (promessa de Muhha), e o único jeito de detê-lo,
seria uma prisão eterna no submundo.
Teseu viajava no dirigível de Cromos em direção ao Pacífico, onde estava
ocorrendo a guerra.
Tão focado e concentrado, nem
percebeu que não sabia quem era aquele misterioso homem, que controlava os
elementos e via em Teseu um jovem dobrador, capaz de vencer Locke.
Refletindo na viagem, Teseu se deu conta
disso, então perguntou ao mestre:
- De onde é, mestre?
- Lá de cima.
- Tribo fogo?
- Não. De muito, muito longe.
- Mas como apreendeu a dobra dos
elementos? É Avatar, por acaso?
- Como vocês, humanos, dizem isto?–
disse Cromos pondo a mão na boca.
- O quê?
- Você acha que só um Avatar pode
dominar os elementos? Qualquer um pode, é só alcançar a paz espiritual e
extrema concentração. Não percebe que você que dominava apenas o ar, agora passou
a dominar todos os elementos?
Capítulo-6
Pai contra filho (Teseu x Locke)
Locke já não tinha
medo de enfrentar os avatares, pois se sentia superior a eles, mas não contava
com a força e esperteza do aprendiz de Cromos.
Quando engravidou
Bela, já sabia que esse reencontro ocorreria, portanto esperava ansioso a volta
do filho, mas justo na então guerra, seria algo fantástico. O duelo épico
marcaria a história dos quatro reinos e de todo a humanidade.
Os deuses do auto acompanhavam
Teseu em sua jornada e torciam por sua vitória.
Teseu lutaria com o
pai e se conseguisse, o mataria, sem saber que era a pessoa que tanto
procurava. O pai que não teve, seria morto por suas próprias mãos, mesmo se
fosse para salvar todo o planeta.
Cratos não tinha outra saída, pois um dia disse Júpiter (pai
de Cromos), que os deuses jamais poderiam interferir nos assuntos dos humanos.
Agora vivemos a angústia de Cratos, confuso, ambíguo,
anfibológico, pela tristeza de Teseu ao saber do pai e pelo certo a fazer, de
acordo com as regras dos Deuses.
Teseu, depois de
longos e cansativos dias de viagem, chegou ao reino Terra (próximo ao “Pacífico”),
onde repousaria até a grande batalha. A força do jovem era extrema; o domínio
dos quatro elementos, algo jamais obtido por um avatar, seria decisivo na
batalha.
Locke informou toda
a população, que no dia em que a Lua encobrisse o Sol, seria o dia da batalha e
a escuridão representaria o reino obscuro de Muhha, que estaria por vir.
Entre a população o clima era tenso e o medo das famílias
era grande.
Quando faltava um dia
para a grande batalha, Teseu saiu para relaxar em uma caminhada em torno da
tribo. Depois de algumas horas de passeio pelas redondezas da aldeia, deparou-se
com uma pequena caverna, onde um homem tentava improvisar uma fogueira na noite
friorenta.Porém não estava conseguindo acender com pedras. Teseu, vendo a
dificuldade do senhor, resolveu ajudá-lo. Aproximou-se do homem e disse:
- Olá, meu caro senhor.
- Olá. O que deseja?- perguntou o homem.
- Quer ajuda para acender a fogueira?
- Não se incomode, meu
jovem, logo conseguirei!
Teseu não disse mais
nada, estirou a mão rapidamente e lançou uma bola em chamas (domínio fogo), que
incendiou os gravetos e assim esquentou o pobre homem. Ele, espantado, disse:
- Mas como? Você não pode ser! Um Avatar!
- Não senhor, sou apenas Teseu, da tribo leste dos ventos.
- Mas como pode dominar os elementos?
- Qualquer um pode, até mesmo você.
- Eu não quero aprender.
Logo após dizer isto,
os olhos do senhor começaram a flamejar e sua pele rasgou-se até assumir a
forma de Muhha, que dominou as chamas da fogueira e atirou-as contra o peito do
jovem. Teseu caiu imediatamente. De repente,o misterioso Cratos, dando por
falta de Teseu, procurou-o e o achou deitado ao chão da caverna.
Derramando uma pequena lágrima de felicidade, Teseu disse a
Cromos:
-Hei de sobreviver. Por meus pais!
Cromos sorriu.
Capítulo 7
A volta de
Avatar
Graças
a Deus ou graças a Cromos, Teseu sobreviveu ao atentado, porém ficou ferido.
Faltando apenas 24 horas para a guerra, ele
tinha que se recuperar rapidamente.
Entre as quatro nações a guerra foi
interrompida, pois os mestres Avatares perceberam que era mais importante e preocupante
a vinda de Locke, que poderia pôr em risco a vida de muitas pessoas inocentes,
assim, refletindo na guerra, decidiram manter a paz.
Teseu estava confuso, com saudades da
família, relembrou do que o pai lhe dissera quando pequeno. “Quando precisar,
quando a mente não achar o caminho e no seu peito uma dor o afligir, busque a
luz, pois lá há alguém que sempre te apoiará; lá os Deuses o guiarão”.
Teseu sentou-se ao pé de uma árvore chamada
Mayê (lágrimas da dor), pelas tristes manchas vermelhas que escorriam pelo
tronco do lindo exemplar de flores pretas. Teseu cruzou as pernas e com as mãos
sobre elas, fez o que o pai lhe aconselhara. Entrou em meditação.
No mundo
espiritual, a paz, a beleza eram algo que só uma alma muito boa veria. O
paraíso diante de seus olhos o animara a vencer esta luta.
Vendo Júpiter (pai de Cratos) abaixo de uma
autêntica Mayê, mas agora com flores avermelhadas, sentiu-se feliz. Assim Teseu
o interrogou quando o viu:
- Olá. Quem é o senhor e
onde estou?
- Mas que pressa, Teseu. Sou
Júpiter, pai de Cratos.
- Oh, minhas reverências,
mestre.
- Já o esperava por aqui,
jovem Avatar.
- Percebo, me reconhecendo
facilmente. Suponho que aqui seja o tão lindo paraíso, citado pela maioria dos
humanos. Faz jus ao nome, sua beleza é extraordinária. Bem queria viver aqui,
longe de tudo e de todos.
- Longe de sua família?
- Jamais.
- Quero que entenda que nossa família não é
quem nos pare e tem nosso sangue correndo pelas veias. Aqui não sangramos. Aqui
nossa família é quem nos ama. Eu te amo.
Teseu,
emocionado, abraçou-o. Assim cumprir-se-ia a missão e o jovem voltaria até lá,
como lhe prometera Cromos.
Teseu,
no momento da meditação, não conseguiu controlar sua energia vital, então
assumiu a forma completa Avatar. Ao pé de Mayê, onde as flores eram negras, a
energia transformou-as em vivas e coloridas. Ele subiu até o alto, envolvido
por uma esfera de ar que girava e girava em correntes.
A
população da vila, assustada, se escondeu, mas quando fraco ele caiu sobre o
chão, a esperança da salvação dominou o coração e todos gritaram:
Capítulo-8
O
mestre do ar
Após a volta de Teseu ao plano humano, Cratos foi socorrê-lo,
diante da queda. Teseu, com uma forte dor de cabeça, disse:
- Eu o encontrei. Júpiter!
- Meu pai – pensou Cratos.
- Mas era um lugar lindo. Lá todos dominavam os elementos.
Um templo, onde os monges viviam em paz, meditando e as crianças brincando:
todos alegres.
- Sei, mas para conquistar a paz, terá de enfrentar a guerra
primeiro. Nada mais disse Teseu; ordenou a Cromos que partissem para o sul,
para as altas montanhas do Himalaia, onde se situava o Templo ar.Neste local,
os Avatares eram cremados após a morte.
Abaixo de um vulcão, nasceu Teseu, no Lago sagrado, onde
viviam yin e yang. Yin preto,era lua e yang o Sol,que proporcionavam o
equilíbrio terrestre. Os dois peixes (filhos de Júpiter), faziam do dia a
noite. Entretanto, quando ocorria o eclipse solar, o Avatar, com sua força
vital, através do poder do sol e da lua, conseguia dominar ao mesmo tempo todos
os elementos, formando a força extrema, denominada eclipse (Kaitou), pelos
monges do ar.
Após três horas de viagem no veleiro aéreo, chegaram à
cordilheira do Himalaia,mas para chegar ao vulcão Nakau, seria necessário ainda
40 minutos de viagem. Todavia, o eclipse já começara sua formação e a força
Kaitou logo despertaria.
Enfim avistaram
Nakau. Teseu transpirava enquanto via o vulcão em erupção e muita fumaça saindo
de dentro do templo. Abandonou o transporte saltando. No ar, disse ao mestre:
- Não te decepcionarei!
- Até.
Com um toque suave,
pousou em solo firme e chorou quando viu o templo. Fleches de lembrança dos três
anos o emocionavam.
Adentrou ao templo e no
corredor iluminado encontrou Eng morto ao chão, com um buraco no peito. Seus
olhos brilhavam com raiva, então prosseguiu e no templo, estátuas dos antigos
Avatares.
Odin e Jasmim, ainda
vivos sobre o lago, lamentavam. Simba, morto, servia de travesseiro para Locke. Teseu
vendo a cena, falou:
-Locke
- Filho.
Teseu não entendeu.
Quando olhou bem, não acreditou. Reconhecera o pai, mesmo só o tendo visto aos
três anos de idade. Indignado, afirmou a Locke:
- Não sou. Não pode ser. Não! Não!
A raiva, o desprezo,
o nojo do pai despertaram sua força. Muito inteligente, Teseu se concentrou e
tentou dominar o sangue de Locke (água), mas não conseguia. Disse a Locke.
- O que você é? Não sangra?
- Não, filho. Deuses não sangram.
Entretanto Teseu era
humano. Através do domínio água, Locke controlou o corpo de Teseu e fez abraçá-lo
forçadamente. Teseu resistia, mas sua luta era insignificante. Locke riu.
O eclipse chegou. O lago brilhava e os peixes circulavam ao
redor dele. Locke o libertou. Agora começaria a luta. Teseu controlou a água do
lago, formando um redemoinho. A força de
atração dele era tão poderosa que Locke foi sugado para dentro do lago. Este
conseguiu se salvar, então disse:
- Não faça assim com o pai.
Locke pisou
fortemente o chão e uma grade, formada por vigas de terra, prendeu Teseu. O
jovem pisou o chão e uma pedra gigante ergueu-se. Com um chute, mesmo sem
contato direto, apenas com as força do vento, arremessou-a contra Locke, que
não pôde se esquivar.
Esticou a mão, pegou uma gota d’água, uma pedra de terra,
criou fogo com o dedo e com o ar os elementos começaram a girar e se unirem.
Quando os elementos se fundiram, formou uma energia tão forte que Teseu não pôde
controlar por mais tempo. Antes de atirá-la contra Locke, disse ironicamente:
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